O Grêmio jogou mal e acabou empatando mais uma partida dentro do estádio Olímpico, contra o Coritiba pelo placar de 0x0. O time tricolor entrou em campo jogando um futebol de pouca objetividade, faltando agressividade. O técnico do alviverde, Marquinhos Santos, propôs para o time coritibano a tarefa de se defender, deixando o Grêmio com a posse de bola, e sair para os contra-ataques rápidos puxados por Rafinha e Éverton Ribeiro. O Grêmio conseguiu de fato manter a maior parte da posse durante a partida inteira, porém foi controlado defensivamente pela fraca zaga do Coxa e concluiu muito pouco à gol.
Com a bola o time gremista trocou passes diversas vezes, porém sem conseguir muito espaço para entrar na área e ter um chance clara de gol na partida. Quando o Coritiba roubava a bola, saia rapidamente para o contra-ataque com os baixinhos Éverton Ribeiro e Rafinha e, por muito pouco, quase abriu o placar no segundo tempo, não fosse a grande defesa de Marcelo Grohe. O Grêmio jogou em um 4-4-2 quadrado, variando para um 4-4-2 com um losango, neste último caso com Fernando de volante, Zé e Marco Antônio de meias centrais e Elano mais na ponta próxima à area. Mais uma vez Zé Roberto, 38 anos, foi o destaque conduzindo a maior parte das ações da equipe.
As poucas boas jogadas do tricolor na partida sairam pelas laterais do campo principalmente com Pará, no primeiro tempo, e com Tony, na segunda etapa, e ambas foram construidas pelo flanco direito. O volante Marco Antônio pouco apareceu na partida, apesar de ter sido importante nas ligações diretas com lançamentos para os dois laterais. Parece que Luxemburgo achou a posição do "ex-meia", que vem cumprindo uma boa função como segundo volante e como, principalmente, meia de ligação. O craque do time, Elano, pareceu cansado desde o início da partida e pouco fez. O desgaste físico do atleta é visível e seria interessante um descanço maior para que possa voltar a render como nos últimos jogos.
O atacante Kléber, improvisado como centroavante, parecia preferir se jogar pedindo falta do que tentar alguma jogada e obter a vitória pessoal contra os zagueiros. O garoto Leandro mostrou mais uma vez que ganhou massa muscular e que o trabalho que tem sido feito com ele está dando resultado. O atacante caiu bem pelo flanco direito e foi um dos poucos a tentar alguma jogada mais aguda visando desconcertar a zaga adversária. Fernando cumpriu somente função defensiva. Pará apoiou bastante na primeira etapa e, quando deslocado para a lateral esquerda, na etapa complementar, caiu de rendimento. Gilberto Silva e Werley foram mais uma vez seguros e cumpriram o papel. Marcelo Grohe, com defesa brilhante, evitou que o resultado fosse pior.
O lateral esquerdo Júlio César, visivelmente sem rítimo, foi pouco ao ataque e precisa de sequência para poder recuperar-se totalmente da lesão que o afastou por cerca de sete meses dos gramados. O "vovô" Zé Roberto provou mais uma vez que, se quiser, joga tranquilamente até os 40 anos, porque correu o tempo inteiro ajudando a equipe tanto no ataque quanto na defesa. Kléber precisa melhorar urgente, porque parece um atacante comum. Talvez colocá-lo no banco de reservas seria uma opção. O que não há dúvidas é de que ele é, sim, um grande jogador, porém a lesão grave que teve na temporada pode ter atrapalhado bastante o seu rendimento dentro de campo.
O Grêmio sentiu demais a falta do centroavante Marcelo Moreno, porque quando Luxemburgo sacou Leandro para colocar André Lima, o Guerreiro Imortal perdeu um gol incrível de cabeça desperdiçando a chance de vitória. Quanto ao "pofexô" Luxa, acredito que ele ousou e arriscou até mesmo perder a partida, ao recuar Zé Roberto para volante junto com Marco Antônio e tirar o garoto Fernando. Apesar da ousadia concordo com a substituição, porém não achei certo sacar Leandro ao invés de Kléber para colocar Bertoglio. A entrada de Tony, no lugar do cansado Júlio César, mudou a cara do time e foi outra grande mudança. O Grêmio deu adeus de uma vez por todas às chances de título e torce hoje por uma vitória do Fluminense sobre o Atlético, porque isso ajuda no objetivo atual de alcançar a vice-liderança e obter uma vaga direta para Libertadores.
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